Os suplementos dirigidos ao suporte hepático organizam-se, de forma prática, em quatro vertentes funcionais:
- Indutores de fase II – complexos ricos em sulforafano, N-acetil-cisteína ou cardo-mariano aumentam síntese de glutationa; ensaios europeus (2023) relatam elevações de 20–35 % (±4 %) após 8 semanas.
- Protecção antioxidante – vitaminas C e E, selénio metionina e polifenóis neutralizam radicais livres formados no metabolismo xenobiótico, reduzindo marcadores de peroxidação lipídica em ~18 % (margem ±3 %).
- Suporte biliar – extractos colagogos e coleréticos (alcachofra, dente-de-leão) favorecem fluxo de bile e emulsão de gorduras; estudos clínicos mostram melhoria subjectiva de digestão gordurosa em 25–30 % dos participantes.
- Cofactores metabólicos – zinco, manganês e vitaminas B2-B6-B12 actuam como enzimas chave na desintoxicação; revisões de 2024 indicam queda de homocisteína plasmática de 12 % (±2 %) com reposição adequada.
A escolha acertada inicia-se pela identificação do objectivo dominante (stress oxidativo, digestão pesada ou apoio a enzimas), segue-se a avaliação da forma química de maior biodisponibilidade (quelatos, extratos padronizados ou lipossomas) e confirma-se certificação laboratorial independente.
O timing potencia efeitos: N-acetil-cisteína em jejum matinal, complexos de sulforafano ao almoço e colagogos antes de refeições ricas em gordura.
Com prevalência de esteatose hepática não alcoólica a rondar 25 % dos adultos portugueses (DGS 2024), um suporte nutricional bem calibrado torna-se um aliado preventivo — sempre complementar a uma alimentação variada, consumo moderado de álcool e actividade física regular.